O ENSINO DE ARTES COMO PROPOSTA METODOLÓGICA INCLUSIVA PARA CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Resumo

Neste estudo, abordou-se a Arte Educação e suas possibilidades no favorecimento do processo inclusivo de crianças com Deficiência Intelectual (DI) na Educação Infantil da Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará (EA/UFPA). Estipulou-se como objetivo investigar o potencial lúdico, integrador e estimulador da criatividade proporcionado pela Arte no contexto da educação inclusiva. Adotou-se uma metodologia baseada no ensino de Arte, privilegiando a experiência vivenciada como elemento central para crianças com DI, sem alterar a rotina escolar. A coleta de dados ocorreu por meio da observação das atividades em sala, análise das produções infantis e registros em diário de campo. Fundamentado na obra A Fenomenologia da Percepção, de Merleau-Ponty (1945-1994), analisou-se as respostas das crianças aos estímulos da Proposta Metodológica Inclusiva (PMI), utilizando uma abordagem qualitativa dentro do paradigma educacional holístico. O referencial teórico incluiu autores como Maturana, Nóvoa, Dewey, Read, Husserl, Barbosa e Smuts. Os resultados evidenciaram a socialização de saberes, a ampliação do conhecimento, o desenvolvimento do raciocínio lógico e criativo e a autonomia dos participantes nas aulas de Arte. Constatou-se também o reconhecimento e a valorização das crianças com DI como sujeitos afetivos, sociais e culturais, capazes de desenvolver sua criatividade. O uso da imagem foi destacado como elemento fundamental no fazer pedagógico, reforçando a importância da Arte na educação como disciplina essencial para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e criativo de crianças com deficiência intelectual, além de incentivar novas pesquisas na área.