O TRABALHO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NO CONTEXTO DA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO ESPECIAL DO MUNICÍPIO DE IPORÁ/EEJA

Resumo

O coordenador pedagógico tem um papel fundamental na escola e, especialmente, no que se refere à formação docente continuada, desenvolvendo projetos em conformidade com o projeto político pedagógico, que visem ampliar o espaço de estudo, reflexão e discussão conjunta sobre a prática docente. Nesse sentido, os novos desafios e demandas vividos pelas escolas devem ser considerados na elaboração de propostas formativas. Neste caso, a Educação Especial, na perspectiva da Educação Inclusiva, como realidade vivida pelas escolas, deve ser objeto de formação docente, visando o desenvolvimento de novas práticas. Considerando tal contexto, a presente pesquisa teve como objetivo principal, discutir a atuação do coordenador pedagógico na formação docente continuada relacionada à Educação Especial, na perspectiva da Educação Especial de Jovens e Adultos EEJA, em uma escola de ensino especial no município de Iporá - Goiás. Foi realizada uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório e descritivo, do tipo estudo de caso, que utilizou como instrumentos de coleta de dados o levantamento bibliográfico e documental, envolvendo os descritores: formação docente, coordenação pedagógica, Educação Especial e Inclusiva na EEJA, e a coleta de dados empíricos foi por meio do uso de entrevista semiestruturada. A entrevista foi realizada com uma coordenadora pedagógica; os dados do estudo de caso, foram organizados a partir da Análise de Conteúdo. Os resultados levaram à conclusão de que o papel primordial do coordenador pedagógico, consiste na formação continuada do docente na escola, cuja atividade-chave é a construção coletiva do Projeto Político Pedagógico. Constatou-se ainda que o desconhecimento acerca das atribuições do coordenador pode interferir na construção de sua identidade profissional e na qualidade do serviço por ele prestado, que um currículo inflexível e a ausência de uma ação do coordenador, administrador do atendimento aos alunos com necessidades especiais, podem favorecer a exclusão escolar; por fim, que a falta de um projeto de formação contínua dos professores na escola pode prejudicar a qualidade da educação ofertada e, consequentemente, a inclusão escolar.